A vis poética na literatura piauiense, João C. da Rocha Cabral

CABRAL, João C. da Rocha Cabral. A vis poetica na literatura piauiense. Rio de Janeiro: s/e, 1938.
Desenvolvimento da conferência realizada a 29 de abril de 1938, no Salão do Club Militar, sob os auspícios da Federação das Academias de Letras, por João C. da Rocha Cabral, da Academia Piauiense de Letras.

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Sumário

Exordio: Entre a vida e a morte. O silogismo do poeta: Viver é lutar. Ora, a poesia é a vida. Logo, refletir deve todos os aspectos da vida e as condições mesmas em que vive o poeta. O objeto da conferência.

1. No Piauí, a literatura vive. E, sendo humana vida, impulsionada é pela “vis poetica”, como todas as outras literaturas; mas ali, em gráu superlativo, de notavel prevalencia. A “Revista da Academia Piauiense de Letras” e a “Historia da Literatura Piauiense”. Panorama literário de uma das mais novas provincias brasileiras. O vale do Parnaíba – paraíso terreal – berço de poetas. Os fatores do seu poetismo: a terra, o clima, o homem e suas ocupações, a memoria dos ancestrais bandeirantes, os manes dos primeiros poetas locais e a propria poesia original, espontanea, dos cantadores do sertão. Poetas que partem e os que ficam. A nota da liberdade e da independencia.

2. O rio como fator físico de grande influencia na poesia, em geral. Os precursores piauienses: Leonardo e o poema da “Creação Universal”. Coriolano e as “Impressões e Gemidos”. Os seguidores: Teodoro e a “Harpa do Caçador”. Herminio e a “Lira Sertaneja”. Clodoaldo e Alcides Freitas, Da Costa e Silva e outros modernos cantores dos rios piauienses.

3. Da Costa, o primus inter pares. Jonas da Silva, o secundus só por cantar menos o Piauí. O seu estro universal. Outros, em comprovação da mesma tese: João e Celso Pinheiro. Receita para a cura dos “doloristas”. Os cantores de Teresina, Lucidio Freitas e Ney da Silva.

4. Influencia da importação baudelairiana. Causas intimas da inspiração doentia. Alcides – o mártir sublime.

5. Naturismo sadio e poesia confortadora, jamais desanimadora. Trovas de um poeta desconhecido. Conclusão.

[nota: manteve-se a grafia original da época]

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